ANAIS :: ENAMA 2014
Resumo: 250-1


Poster (Painel)
250-1PRODUÇÃO DE MICOCINA (KILLER PROTEIN) EM Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii
Autores:Costa, J.L.J. (UFS - Lab. Microbiologia Aplicada, Universidade Federal de Sergipe) ; Santos, J.M. (UFS - Lab. Microbiologia Aplicada, Universidade Federal de Sergipe) ; Soares, K.D.A. (UFS - Lab. Microbiologia Aplicada, Universidade Federal de Sergipe) ; Cunha, M.O. (UFS - Lab. Microbiologia Aplicada, Universidade Federal de Sergipe) ; Azevedo, S. D. (UFS - Lab. Microbiologia Aplicada, Universidade Federal de Sergipe) ; Evangelista, C.R. (UFS - Lab. Microbiologia Aplicada, Universidade Federal de Sergipe) ; Barbosa Junior, A.M. (UFS - Lab. Microbiologia Aplicada, Universidade Federal de Sergipe)

Resumo

Cryptococcus é um gênero de leveduras patogênicas que desencadeia meningoencefalite e criptococose em animais e seres humanos com nichos ecológicos ubíquos e cosmopolitas como excretas de aves, guano, material vegetal em decomposição e poeira domiciliar. Algumas linhagens leveduriformes produzem micocinas ou proteína Killer, estas são substâncias com atividade antifúngica que tem o poder de inibir o crescimento de micro-organismo, este efeito de inibição é chamado de antibiose. O estudo da ação da proteína Killer como biomarcador de patogenicidade tem crescido notavelmente nos últimos anos em estudos de filogenia em leveduras e fungos com perfil patogênico, visto que é um método econômico, sensível e eficaz na biotipagem fenotípica. O objetivo deste trabalho foi verificar antibiose de isolados clínicos de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii oriundas da Coleção de Cultura de Micro-organismos de Sergipe (CCMO/SE) por meio da produção de micocinas (Killer Protein) utilizando o método de Polonelli et al. Foi realizada a revitalização de 25 leveduras (22 clínicas, 1 ambiental e 2 ATCC 32608 e 28957) onde foram incubadas por 5 dias a 25°C. Em seguida, Cryptococcus neoformans isolado ambiental foi plaqueada em meio YEPD + Azul de metileno com D.O. 0,5x106 UFC/mL, onde as leveduras clínicas testes foram repicadas. Logo após, foram incubadas a 22°±3ºC durante 7 dias com leituras diárias, observando a formação e tamanho do halo e da colônia, para cálculo da atividade enzimática (Pz). A detecção da micocina foi possível a partir do terceiro dia de incubação com produção enzimática até o sétimo dia, O quarto dia de incubação foi considerado o melhor momento produtivo, sendo que em 86,4% das linhagens clínicas produziram killer protein, prevalecendo C. neoformans. Todas apresentaram atividade Pz característico como Positivo forte com Pz médio 0,82 e Biotipo I. Novos estudos são necessários, em especial análises proteômicas dessas micocinas, mas essa analise fenotípica permite estudos ecológicos e epidemiológicos acerca dessas leveduras patogênicas favorecendo informação do seu potencial patogênico e suas interações microbianas.


Palavras-chave:  killer protein, leveduras patogênicas, competição microbiana